terça-feira, 22 de julho de 2008

Orkut sai do ar para "manutenção"; Google diz que perfis estão seguros

O Orkut está fora do ar. O site de relacionamentos informa que saiu do ar devido a uma "manutenção temporária". A página do serviço não fez previsão sobre o tempo necessário para a reativação dos serviços.

Procurada pela Folha Online, a assessoria do Google, dono do serviço, divulgou a seguinte declaração:

"O Orkut passa por uma manutenção não-periódica. Essa manutenção não oferece risco para a integridade e segurança dos perfis ativos. Neste momento, também não é possível fazer novos cadastros temporariamente."

O YouTube, também do Google, também exibiu, na noite desta segunda-feira, a mensagem de que está em manutenção. Também foi verificada uma lentidão no acesso às contas de e-mail do Gmail.

Recentemente, o Orkut passou por uma série de aperfeiçoamentos com o objetivo de aumentar a segurança e o controle sobre os passos dos usuários. Isso ocorreu após investigações policiais detectarem que o site abrigava usuários envolvidos em crimes, como pedofilia.

Em 2004 e em 2005, o Orkut também saiu do ar e irritou muitos usuários.





fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u424755.shtml

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Orkut fora do ar tem coisa pior???

21/julho/2008


Direto do Blog Internacional:

O Orkut acaba de entrar em manutenção, que, segundo o próprio site, é temporária. Porém, segundo o jornal eletrônico “Tudo Rondônia”, o Orkut entrará em manutenção durante 180 dias dos registros dos usuários, como uma das medidas anti-pedofilia no sistema.

Se realmente a manutenção for de 180 dias, o pânico na internet brasileira será geral. Devemos nos lembrar dos anos anteriores, onde o Orkut passou dois dias fora do ar, e gerou um desespero geral na blogosfera brasileira.

ATUALIZADO: Uma informação recebida por uma de nossas fontes, a manutenção pode ser até o próximo sábado, dia 26. Quando voltar, todos os fakes e derivados terão sido deletados.

Mais informações a qualquer momento.


segunda-feira, 7 de julho de 2008

O jeito Emo de ser e se vestir





Munhequeira, franja caída no rosto, alargador, piercing na boca, colar de bolinhas ou dadinhos, gravatinha, Adidas, roupas pretas, mistura de delicados lacinhos no cabelo com as ousadas meias “arrastão”.

Provavelmente você já deve ter visto ou conhece alguém que se veste assim. Eles são uma tribo urbana chamada Emo. Eles se autodefinem como carinhosos, sensíveis, pessoas calmas que não gostam de briga e querem apenas amar e serem amados.


Os chamados “emos” têm geralmente entre 12 e 20 anos, estão presentes por todo o Brasil e geralmente fazem amizades pela internet. No site de relacionamentos Orkut, por exemplo, existem diversas comunidades como Emo sim!!Algo contra?!, -estilo emo de se vestir- entre outras.


Para Walter Oliveira Rodrigues, 16 anos, o principal para quem curte o estilo emo é ser uma pessoa de comportamento carinhoso, que não gosta de brigas e só quer a paz do mundo. Apesar disso, Walter afirma que sofrem muito preconceito. “Todos os estilos deveriam ser respeitados, assim como o emocore. Cada um tem seu estilo. Ficar criticando os outros é uma grande palhaçada”, diz o adolescente.


O emocore ou também conhecido como hard core melódico, para quem não sabe o que significa, é um estilo musical que mistura batidas fortes como no rock, com letras mais trabalhadas, que em muitas vezes trazem sentimentos expressos. Os próprios jovens vinculam bandas como o NXZero, Forfun, CPM22 e Ramirez como bandas Emo.


Apesar de ficarem muito felizes com todo o carinho do público, os componentes dessas bandas não acham que o grupo se classifique em uma tribo urbana. Danilo Cutrim, 24 anos, guitarrista e vocalista da banda Forfun, afirma que as letras têm sentimentos sim, mas não existe um público específico.


“Fazemos música para quem gosta de música. Emoção está sim presente em todas as nossas músicas, mas acho que não dá pra rotular como Emo”, diz Danilo. “Os títulos e rótulos são necessários para se identificar mais facilmente uma banda, mas acho o que temos em comum com o CPM22, o NXZero e os outros grupos chamados de emo é que todos fazemos música e só”, acrescenta o guitarrista.


Daniel Weksler, 20 anos, baterista do NXZero também concorda. “Se uma banda se veste toda de preto e faz canções tristes as pessoas nem sabem mais se é gótico ou emo ou death metal”, fala. “Não importa quantos anos você tem, nem do que gosta ou deixa de gostar, se você se sentir tocado pelo som seja bem-vindo”, complementa.


A dica para quem quer encontrar essa turma é passear principalmente nos shoppings da cidade e também visitar os fotologs na internet. “A gente costuma conhecer outras pessoas pela própria internet, mas para sair a gente vai mesmo aos shoppings e aproveita pra conversar e até mesmo arrumar namorado, como no meu caso”, conta a mineira Mari Lopes, 14 anos, namorada de Walter, 16 anos, que também curte o estilo emo.


Para quem mora em São Paulo, os emos costumam bater cartão na Galeria do Rock, Galeria Ouro Fino e também na balada chamada Hangar 110.

[]Do que eles gostam?

Acessórios e roupas:
- Gostar de se vestir todo de preto
- Usar muitos acessórios, entre os preferidos estão os colares de dadinhos ou bolinhas e as munhequeiras
- Meninas gostam de usar meia arrastão
- Calças mais apertadas
- Blusas Baby Look
- Tênis All Star quadriculado
- Sombra e lápis na região dos olhos
- Franja caída no rosto
- Cinto de rebite
- Falar palavras no diminutivo, como fofo=fofinho, amor=amorzinho
- Escrever palavras de uma forma não convencional, como amiga=miguxa, beijo=bejux, Orkut=kuku
- Deixar declarações para os amigos como “Eu emo vc” (para dizer Eu amo você)

Música:
As preferidas dessa moçada são as bandas que misturam um pouco do som pesado que lembra o punk rock, com letras que falam sobre emoções e sentimentos. Algumas das bandas preferidas:
- NXZero
- Forfun
- Ramirez
- Simple Plan
- Blink 182
- Cansei de Ser Sexy
- Rufio
- Fall Out Boys
- Panic at the Disco
- Green Day
- Good Charlotte
- Emoponto


[]A origem do termo EMO
A palavra Emo (abreviação do inglês emotional) é um estilo musical derivado do hardcore. Esse tipo de música surgiu no início da década de 90, com bandas que despontavam no cenário punk dos Estados Unidos.
O nome acabou se espalhando por meio das publicações norte-americanas alternativas e também os chamados fanzines, que descreviam bandas como o Embrace e o Rites of Spring como um hardcore emocional.

No Brasil, o estilo emo começou a ganhar muita influência a partir de 2003, em São Paulo, espalhando-se depois para todo o país


[]PreconceitO!

Se por um lado, a cada dia que passa os emos conquistam mais e mais adolescentes ou jovens que simpatizam com o estilo de ser ou se vestir, ao mesmo tempo, o preconceito em torno dessa tribo urbana é muito grande.
O site Orkut e também alguns fotologs trazem assuntos como “Chega dessa moda Emo”, “Eu odeio Emo” entre outros. Quando procurados para falar sobre o assunto, o argumento é que “emocore não é uma pulseira ou um colar e sim apenas um estilo de música”, segundo alega L.F, 15 anos, que preferiu não ser identificado.

O paulista de 15 anos, Ranier Dittrich, diz que o preconceito existe e acha que até mesmo na hora de arrumar uma namorada é mais fácil se ela também curtir esse estilo. “Acho que quem critica o estilo emo deveria pensar que todos têm o direito de ser como quiserem. Não acho certo isso, mas também sei que para arrumar uma namorada é muito mais fácil ela me aceitar se também for uma emo”, declara Ranier.

Camila Evelyn da Silva, 14 anos, que mora no interior de Pernambuco acha que o preconceito ainda é maior quando não se mora em grandes cidades. “As pessoas têm muito preconceito mesmo. Até na família o pessoal pensa coisa errada, acha que quem é emo, ou punk como eles dizem, é pessoa ruim, mas emo é apenas um gosto e atitude, não tem nada a ver com caráter”, afirma a pernambucana


FONTE:Terra Jovem

Londres – Os jovens emos, fãs de músicas de rock com letras emotivas, decidiram se manifestar contra a imprensa britânica

Londres – Os jovens emos, fãs de músicas de rock com letras emotivas, decidiram se manifestar contra a imprensa britânica, que os acusa de pertencerem a um culto suicida.

A perseguição da imprensa começou após Hannah Bond, de 13 anos, ter se enforcado em seu quarto, em Essex. Hannah era emo, fã de bandas como My Chemical Romance, Dashboard Confessional e Fall Out Boy.

"Nenhum jovem está seguro contra o sinistro culto dos emos", publicou o jornal Daily Mail, que acusou a cultura emo de promover a auto-agressão e exaltar a morte.

Após meses de campanha negativa, amanhã os emos sairão em protesto contra o Daily Mail: cerca de 300 jovens marcaram um encontro na frente da sede do jornal, no centro de Londres, para uma manifestação na qual distribuirão panfletos explicando seu comportamento.

Um alvo freqüente do jornal britânico é a banda My Chemical Romance, que faria apologia à depressão e até mesmo ao suicídio.

Segundo Anni Smith, de 16 anos, que organizou o protesto, não há nada mais falso: "O Daily Mail diz que My Chemical Romance faz parte de um culto suicida. Não é verdade. Não quero dar opiniões sobre a morte de Hannah, mas a banda não é nada além de um alvo fácil", disse ela.

A própria banda, após saber do suicídio da garota, publicou em seu site uma mensagem na qual se declara "contra a violência e contra o suicídio".

De acordo com o jornal The Times, na América Latina, onde os emos são cada vez mais populares, os jovens seguidores dessa moda já foram muitas vezes vítimas de ataques violentos, por parte de pessoas que os acusam de ser homossexuais ou pervertidos.

Para os emos, tal fama é totalmente injusta, já que são somente jovens mais sensíveis e que usam a música como válvula de escape. "Ser um adolescente é cada vez mais difícil. Há muitos exames, mais pressão para entrar na universidade e mais expectativas. Escutar bandas como My Chemical Romance tem um efeito catártico. E o modo de se vestir dos emos é somente uma maneira de se diferenciar dos outros", disse Kate Ashford, de 17 anos, à BBC.

"Ser um adolescente é uma coisa terrível. Pouco importa que a música emo seja horrorosa, dá aos jovens algo com o que se identificar. Em dez anos ouviremos todas essas pessoas com 30 anos contando constrangidas que foram emo", disse o jornalista inglês David Quantick, especializado em música.

Tribo de emoções

Tribo de emoções



O modo de vestir e de agir não deixa dúvida: eles fazem parte de uma tribo urbana que leva o rótulo de emotiva até no nome: são os “emos”. Mas essa turma provoca polêmica por onde passa. No tradicional reduto dos roqueiros paulistas, eles chegam a ser hostilizados.


De longe, eles até parece punks. Usam muito preto. Das roupas aos olhos. É de perto que as diferenças aparecem. Por baixo dos casacos escuros, há camisetas infantis, saia quadriculado, bijuteria de bola.
E tem as franjas. Longas, lisas e coloridas, jogadas na cara. “Nunca jogo para o mesmo lado, cada hora vai de um jeito. Senão acabo tropeçando em algum lugar, batendo nas pessoas”, disse Alexandre Portela, 16 anos.

Os abraços e as mãos dadas são outra marca dessa tribo. Eles são “emo”: emotivos, emocionais. “Uma pessoa que não tem medo de demonstram seu sentimento pela outra”, disse uma garota. “Se emociona com as músicas, uma música pesada, mas com letras bonitas”, diz outra integrante da tribo.

A música é a alma dessa tribo. Uma música que mistura a batida pesada do rock com os sentimentos de quem está descobrindo as próprias emoções. O curioso é que esses adolescentes acabam se identificando com canções inspiradas em sentimentos de quem já passou dos 30.

É o caso de Nenê Altro, vocalista da primeira banda Emo do país. “Nós escrevemos sobre experiências pessoais nossas, mas é claro que já fomos adolescentes. Rola a identificação”, explica. A banda está na estrada do rock desde 1996, mas foi nos últimos anos, que a banda fez a banda chegar à lista das mais tocadas. Detalhe: nenhum deles tem franja e a tribo não cobra nada.

Faz parte da filosofia pregar a tolerância, em todos os sentidos. Inclusive, nas opções sexuais. Tanta tolerância acabou gerando intolerância. As outras tribos, não gostam deles.

“Eles estão muito preocupado com a imagem e com a banda que toca na mídia”, disse um garoto. E um Emo explica: “As pessoas têm muito preconceito com nosso estilo, porque acham que é homossexual, porque é diferente”, diz Maurício Sanches.

Em uma galeria em São Paulo, freqüentada por punks, roqueiros e metaleiros, os Emos também não são bem-vindos. Em uma loja, há até uma placa que sinaliza a discriminação. “Eles param na porta das lojas, encostam nas vitrines, o que acaba inibindo algumas pessoas de entrar nas lojas”, afirma Gláucio Leme, lojista.

Se na rua eles provocam polêmica, em casa não é diferente. Algumas mães são radicais. “A minha mãe já pegou as minhas roupas e rasgou. Eu fiquei com raiva e comprei de novo”, contou Laís Xavier, de 15 anos.

A mãe de Laura Moro é mais compreensiva: aceita os amigos dela e até a mudança constante na cabeça da adolescente. “É um cabelo diferente, uma cor diferente. Proibir eu não acho que seja o caminho”, diz a mãe Iara Paes.

Na conversa, acabamos descobrindo que a mesma adolescente que prega a demonstração de todas as emoções, em casa, se fecha. “Eu sou a mais sentimental do grupo, mas para você eu não demonstro isso. É estranho demonstrar seus sentimentos para os pais”, fala para a mãe. “A gente tem que conversar, ficar mais próximo. Se tiver que me tornar da tribo dela, eu vou fazer para ficar mais próximo dela”, diz a mãe.

Parece que algumas coisas não mudam, seja lá qual for a tribo.



Fonte:Jornal Hoje >Globo.com